13 de dez. de 2011

Porto Alegre recebe o 3° Salão de Arte Afro-Brasileira


Música, dança, teatro, vídeo, palestras e oficinas estão na programação do 3° Salão de Arte Afro-Brasileira que acontece de 22 de novembro a 26 de dezembro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 

O Salão proporciona através das artes visuais uma “viagem” ao sentimento afro-brasileiro e convoca diversos artistas, de todas as crenças, todas as descendências ou etnias para participar desta comemoração que intenta sempre valorizar a influência da cultura negra na bagagem artística brasileira. Outras expressões de arte como dança, música, vídeos e atividades informativas também estarão na programação e prometem agitar a capital gaúcha com os sons e molejos da África. O evento ainda concederá prêmios aos melhores trabalhos nas categorias pintura, desenho, escultura, fotografia e gravura.

Período da mostra:
23/11 a 26/12 de 2011

Mais informações:
www.salaodearteafro.com.br

12 de dez. de 2011

Quilombos, geografia africana, cartografia étnica e territórios tradicionais

Quilombos, geografia africana, cartografia étnica e territórios tradicionais é resultado de uma extensa pesquisa a que o autor se dedicou em seu pós-doutoramento no Musée Royale de l”Africa Centrale, Tervuren – Bélgica, e teve como principal referência a pesquisa historiográfica realizada em várias instituições no Brasil, na África e na Europa. O livro traz ainda registros fotográficos e uma extraordinária documentação cartográfica temática.

Para ler mais acesse Banco Cultural.

6 de dez. de 2011

As Cruzadas Vistas Pelos Árabes

Dando voz aos nossos sujeitos, sugiro a leitura da obra "As Cruzadas Vistas Pelos Árabes" do escritor libanês Amin Maalouf. Ainda não comprei o livro, mas já é o primeiro da lista pro Papai Noel. 

Pelos comentários que li, o livro teve grande repercussão na Europa desencadeando inclusive outras obras. Provavelmente pelo fato de que seu conteúdo desmistifica os árabes, os quais são historicamente retratados como bárbaros, cruéis, impiedosos, extremistas, terroristas, e todos aqueles adjetivos que circulam por aí. Por outro lado, coloca em xeque "Quem eram os bárbaros?" ao mostrar as atrocidades cometidas pelas Cruzadas em nome da fé. 

Por fim, acho, no mínimo, interessante, o fato de diversas notícias o identificarem como franco-libanês, mais uma vez querendo deslocar o sujeito de sua posição histórico-geográfica original.  

5 de dez. de 2011

Entrevista com o escritor turco Orhan Pamuk

"(...) enquanto o Ocidente sente orgulho do que é, a maior parte do mundo vive tomada pela vergonha. Mas, quando os objetos que nos causam vergonha são expostos num museu, transformam-se imediatamente em pertence que podem nos orgulhar". (trecho do romanceO museu da Inocência

Em 2005, Pamuk foi ameaçado por grupos nacionalistas ao criticar a história de seu país pelo silêncio sobre a morte de um milhão de armênios na Turquia durante a Primeira Guerra ou sobre a morte de 30 mil curdos nas últimas décadas. Ao retornar a Istambul, foi acusado pelo Governo turco de ofender a identidade nacional sob pena de três anos, mas foi absolvido após diversas manifestações de escritores e organizações defensoras dos direitos humanos.



Morando nos EUA para a conclusão do Ph.D de sua então esposa, Pamuk escreveu O livro negro, lançado em 2008 no Brasil e que se tornou um filme sob a direção de Ömer Kavur.
 
O escritor turco Orhan Pamuk, prêmio Nobel de Literatura em 2006, estará hoje (05/dez) no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre, para a última edição do Fronteiras do Pensamento.

1 de dez. de 2011

"Festival Caseiro" de Moçambique já nasce internacionalizado

Ecos do “Kampfumo”

Nos dias 2 e 3 de Dezembro de 2011, Maputo será palco do 1º Festival Kampfumo, com bandas provenientes de Moçambique, África do Sul, Angola e Portugal. 
 
O 1º Festival Kampfumo nasce com o objectivo de contribuir para esta área, através de um evento anual que passará a marcar a agenda cultural moçambicana, através de alinhamentos internacionais, infra-estruturas utilizadas e organização. 

União dos Escritores Angolanos apresenta "O regresso de Kambongue"

A obra literária infantil "O regresso de Kambongue" foi lançada em Luanda (Angola), em maio de 2011, na União dos Escritores Angolanos (UEA).

De acordo com declarações da autora, Kanguimbo Ananaz, à Angop, o livro é uma sequência da obra "O Avô Sabalo", lançada em 2006, e retrata a história de um jovem (Kambongue) que depois de estar formado procura mostrar aos habitantes da aldeia onde nasceu, que tudo pode ser transformado.


30 de nov. de 2011

Ciclo de Cinema e Pensamento Africano acontece na UFRGS

A atividade propõe uma reflexão acerca das criações culturais da África contemporânea, a partir da obra de cineastas, pensadores sociais, filósofos e literatos da África subsaariana.

Entre 2 e 15 de dezembro, o Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, em parceria com o Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (DEDS/PROREXT/UFRGS) e o Instituto Cultural Afro-sul, promove o Ciclo de Cinema e Pensamento Africano, sob a coordenação do professor José Rivair Macedo.


29 de nov. de 2011

Começa a COP 17, em Durban, África do Sul

Começou nesta tarde de segunda-feira as negociações para a redução das emissões de gases estufa na 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Durban, África do Sul. O objetivo principal dessa reunião é conseguir fazer com que os quase 200 países participantes cheguem a um acordo para limitar o aquecimento global do planeta a 2 graus Celsius.

28 de nov. de 2011

Maçambique de Osório: dança e devoção


O Maçambique de Osório/RS é um grupo de religião afro-católica. A fé dos negros maçambiqueiros está diretamente ligada aos rituais da matriz afro-brasileira do Maçambique, cuja dimensão religiosa é expressa por meio de devoções e do seu caráter místico. A devoção à Nossa Senhora do Rosário, santa padroeira, se dá juntamente com os festejos do Rosário providos pela Igreja Católica na primeira semana de outubro.

Maçambique entrando na Igreja

Durante o ritual na Igreja católica há uma sobreposição de códigos religiosos: os de matriz africana (batida do tambor, espadas cruzadas à porta, maçaquaias, bandeira da padroeira) com a liturgia católica padronizada (cantos, comungação, etc.).

A turma de Geografia Cultural (UFRGS) pôde vivenciar dois dias (08 e 09/out) de Festa em celebração à Nossa Senhora do Rosário juntamente com os Maçambiqueiros. 



27 de nov. de 2011

Timor Leste


Durante o IV Colóquio do NEER, ocorrido na semana passada em Santa Maria/RS, tive a oportunidade de aprender um pouco mais sobre o Timor Leste, conversando com o Gabino Moraes. Além de ter ministrado aulas por dois anos na Universidade Timor Lorosa'e em Díli, ele também desenvolve sua pesquisa de doutoramento sobre este país.

Em Timor, um dos países mais jovens do mundo, a organização social tradicional assentava-se na linguagem. No total, a antiga colônia portuguesa tem cerca de 30 línguas e dialetos. A língua falada pela grande maioria da população é o tetun. Entretanto, em 2002 o Timor optou pelo português como idioma oficial, passando a fazer parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Contudo, menos de 10% de sua população fala o português, pois durante a ocupação indonésia as bibliotecas portuguesas foram destruídas e os cidadãos proibidos de falar o português. Assim, os timorenses estão tendo que aprender a língua oficial do país. Questionei ao Gabino porque não o inglês? Ele esclareceu-me que, sim, poderia ser o inglês. Porém os timorenses têm Portugal como uma referência identitária. Assim, o Timor encontra-se com a sua identidade em construção. É um pais oriental, com um modo de governança ocidental em implementação.